
Programa Social
Dia 3 de maio
14h00 | Teatro Municipal de Bragança
Sessão de abertura do SciComPt 2023: momento musical com Grupo de Pauliteiros da Escola Secundária de Miranda do Douro.
- Os Pauliteiros têm um destaque especial nas pequenas aldeias circundantes do concelho de Miranda do Douro. Tradicionalmente são grupos constituídos exclusivamente por homens (8 dançarinos e 3 músicos), que vestem um traje bem diferente dos outros ranchos e executam uma coreografia complexa com paulitos e castanholas ao som da gaita de foles, caixa e bombo. O espetáculo é normalmente constituído por um repertório que integra o lhaço 25 (lhaço para partir os paus), a Bicha (em que se utilizam exclusivamente as castanholas) e o Salto do Castelo (na qual um pauliteiro salta por cima de uma torre humana), abraços entre os dançadores no fim de cada atuação, o figurante na capa de honras e o portador da bandeira que acompanham os Pauliteiros nas suas atuações. Ver dançar os Pauliteiros é sempre um espetáculo a não perder.
19h30 | Centro Cultural Municipal Adriano Moreira
Lanche Transmontano com receção aos participantes e momento social
Dia 4 de maio
20h30 | Quinta das Covas
Jantar do Congresso (Ementa do Jantar do SciComPt 2023).
- Depois das várias atividades do congresso, os participantes são convidados a desfrutar de um momento de prazer e partilha mais informal enquanto saboreia uma deliciosa refeição no Jantar do Congresso. A data limite para inscrição no jantar é 20 de abril. Não serão aceites inscrições para o jantar após esse dia.
A organização do SciComPt 2023 disponibilizará autocarro para fazer o transporte entre o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Quinta das Covas, onde decorrerá o jantar. O autocarro de saída para a Quinta das Covas fará duas viagens – 20h00 e 20h30-, e partirá do IPB. As viagens de regresso ocorrerão às 23h30 e às 00h00, com paragem também no centro da cidade de Bragança. Os participantes podem optar por outros meios de transporte, como carros alugados ou viaturas próprias.
Programa Cultural
De 3 a 7 de maio
Todos os participantes do SciComPt 2023 terão entrada gratuita, de 3 a 7 de maio, mediante a apresentação do crachá do congresso, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais; no Museu Ibérico da Máscara e do Traje; no Centro de Fotografia Georges Dussaud; e no Centro Cultural Mnicipal Adriano Moreira.
Os participantes e respetivas famílias terão ainda 50% de desconto, de 3 a 7 de maio, mediante a apresentação do crachá do congresso, no Museu do Abade de Baçal.
Localização
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Projetado pelo arquiteto Souto de Moura e galardoado com o prémio internacional de arquitetura em 2009, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais recebe obras e instalações de artistas de renome, nacionais e estrangeiros, além dos trabalhos que refletem as vivências telúricas da pintora Graça Morais, nascida em Trás-os-Montes. A dinâmica deste centro de arte assenta num programa de exposições temporárias dos mais conceituados artistas nacionais e estrangeiros dos nossos dias e de grandes coleções de Arte Contemporânea, resultantes de coproduções e parcerias com outras instituições nacionais e internacionais de referência. O CACGM dispõe ainda de um núcleo de sete salas dedicadas à obra da pintora Graça Morais, num programa expositivo frequentemente renovado, reforçado ainda por outras iniciativas de âmbito pluridisciplinar, nomeadamente programas educativos, oficinas de prática artística, concertos, performances e atividade editorial. A cafetaria com esplanada e o pequeno jardim constituem ainda um local privilegiado como complemento à fruição deste espaço único, paradigma da arquitetura e da arte contemporâneas.
Museu Ibérico da Máscara e do Traje
O Museu Ibérico da Máscara e do Traje, situado na rua principal da Cidadela, é um espaço de divulgação das tradições relacionadas com as Máscaras do Nordeste Transmontano e da região de Zamora (parceria entre o Município de Bragança e a Diputación de Zamora). As Festas de Inverno são manifestações culturais, transmitidas ao longo dos tempos de forma oral, convertendo-se em costumes, tradições e estilos de vida específicos desta região transfronteiriça. Incluem rituais milenares, passados de geração em geração, unindo o passado e o presente de forma singular e contribuem para o conhecimento de uma região que ultrapassa as limitações geográficas. Constituem, inequivocamente, um importante e forte traço diferenciador de uma identidade própria, única, representando, assim, um valioso património cultural que se circunscreve em âmbitos territoriais supranacionais. Neste museu, estão expostas máscaras, trajes, adereços e objetos usados nas “Festas de Inverno” em Trás-os-Montes e Alto Douro e nas “Las Mascaradas de Invierno” da região de Zamora.
Centro de Fotografia George Dussaud
Criado em 2013, o Centro de Fotografia Georges Dussaud é um espaço dedicado à obra do fotógrafo francês Georges Dussaud e à fotografia em geral. O Centro ocupa o primeiro andar do edifício Paulo Quintela, onde, e a par de exposições temporárias, se apresenta uma coleção ímpar da autoria deste prestigiado fotógrafo que, desde 1980, desenvolveu o seu trabalho sobre e no nosso país, e, de um modo muito particular, sobre Trás-os-Montes. Da ampla narrativa de imagens a preto e branco, sobressaem histórias de vida, universos rurais “miraculosamente intactos”, povoados de homens, mulheres e crianças, mas também de lugares, de olhares, de cenas de trabalho, de rituais, de gestos e de instantes irrepetíveis sobre um Trás-os-Montes desaparecido. Das cerca de 200 fotografias que constituem este extraordinário acervo, onde se cruzam o documental e o artístico, sobressai a marca autoral de um fotógrafo que sempre reivindicou para as suas imagens uma visão positiva e poética da realidade.
Museu do Abade de Baçal
Em fins de 1914, era para ser levado a leilão público grande parte do recheio do antigo Paço Episcopal, expropriado pelo Estado em 1912. Todavia – e depois de alertadas as autoridades devidas –, ao abrigo da legislação republicana, este acervo foi ser parcialmente adquirido pelo Estado e revertido para o futuro Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismática de Bragança, aquando da sua criação formal em 13 de novembro de 1915. Só em 1935, na jubilação de Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal, passará a Museu Abade de Baçal. Com a direção do Abade de Baçal (1925 – 1935) e a criação do Grupo dos Amigos dos Monumentos e Obras de Arte na mesma altura, a este fundo inicial, foram-se somando, quase em avalanche, inúmeras dádivas de amigos e artistas, muitos objetos que o Abade ia descobrindo no seu calcorreio arqueológico do distrito e, também, por aquisição, sempre sob o parecer do amigo Raul Teixeira, e que, após restauro quando exigido, passava a integrar a exposição permanente. Também é ainda nesta fase que se iniciam entregas de legados importantes, geralmente dando origem a novas salas, como a Sala Abel Salazar em 1935. Portanto, nos dez anos de governo do Abade, abre-se formalmente ao público o museu (em 1927), alargam-se as coleções para novas áreas e estrutura-se e afirma-se formalmente a instituição no distrito e no país. E este período de real formação do Museu vai prolongar-se, também, durante toda a direção de Raul Teixeira (1935-55), «a alma artística do museu», como lhe chamou o Abade. Raul Teixeira – com um dinamismo exemplar que lhe mereceu um louvor oficial em 1939 pela Junta Nacional da Educação – desempenhou ainda uma ação meritória na angariação de obras de arte junto de pintores firmados. Grande parte das obras de arte das décadas de 1930, 1940 e parte da de 1950 a ele se devem, ora conseguidas por aquisição, ora por doação, assim como por depósitos de espécies vindas de museus centrais e organismos da região, para além da receção do importante legado Sá Vargas, em 1939. Estes acervos, depois de intervencionados, foram expostos em salas preparadas para o efeito, como a Sala Sá Vargas e a Galeria de arte moderna, entre outras. Ainda na década de 1950 deu entrada o legado de Guerra Junqueiro, constituído por algum mobiliário e pintura da região adquirida para o efeito e, na de 1960, logo no seu início, foi acolhido o legado Trindade Coelho, entretanto cedido para Mogadouro. A principal coleção de numismática, constituída por duas mil moedas nacionais, foi legada em 1973 pelo coronel Ramires e, cerca de vinte anos depois, incorporou-se, com algum mobiliário e boa pintura, o legado Eduardo Costa. Como um museu é um organismo vivo, sistematicamente se incorporam novas espécies, sobretudo da região, em que a arqueologia, a etnografia e a arte têm uma presença mais evidenciada.
Centro Cultural Municipal Adriano Moreira
O Centro Cultural Adriano Moreira foi durante séculos destinado a fins educativos. Construído no ano de 1562 para Convento de Freiras Claras foi entregue aos Jesuítas onde fundaram um prestigiado Colégio. Com a expulsão da Ordem no ano de 1759, aí se instalou em 1766 o Seminário Diocesano; de 1853 a 1968 o Liceu Nacional e de 1968 a 1995 a Escola Preparatória Augusto Moreno. Recuperado no ano de 2004 pelo Município de Bragança, aqui estão instaladas: a Biblioteca Municipal; a Biblioteca Adriano Moreira; a Academia de Letras de Trás-os-Montes; o Conservatório de Música; Salas de Exposições e espaço de memória da Cidade.
Museu do Abade de Baçal
Em fins de 1914, era para ser levado a leilão público grande parte do recheio do antigo Paço Episcopal, expropriado pelo Estado em 1912. Todavia – e depois de alertadas as autoridades devidas –, ao abrigo da legislação republicana, este acervo foi ser parcialmente adquirido pelo Estado e revertido para o futuro Museu Regional de Obras de Arte, Peças Arqueológicas e Numismática de Bragança, aquando da sua criação formal em 13 de novembro de 1915. Só em 1935, na jubilação de Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal, passará a Museu Abade de Baçal. Com a direção do Abade de Baçal (1925 – 1935) e a criação do Grupo dos Amigos dos Monumentos e Obras de Arte na mesma altura, a este fundo inicial, foram-se somando, quase em avalanche, inúmeras dádivas de amigos e artistas, muitos objetos que o Abade ia descobrindo no seu calcorreio arqueológico do distrito e, também, por aquisição, sempre sob o parecer do amigo Raul Teixeira, e que, após restauro quando exigido, passava a integrar a exposição permanente. Também é ainda nesta fase que se iniciam entregas de legados importantes, geralmente dando origem a novas salas, como a Sala Abel Salazar em 1935. Portanto, nos dez anos de governo do Abade, abre-se formalmente ao público o museu (em 1927), alargam-se as coleções para novas áreas e estrutura-se e afirma-se formalmente a instituição no distrito e no país. E este período de real formação do Museu vai prolongar-se, também, durante toda a direção de Raul Teixeira (1935-55), «a alma artística do museu», como lhe chamou o Abade. Raul Teixeira – com um dinamismo exemplar que lhe mereceu um louvor oficial em 1939 pela Junta Nacional da Educação – desempenhou ainda uma ação meritória na angariação de obras de arte junto de pintores firmados. Grande parte das obras de arte das décadas de 1930, 1940 e parte da de 1950 a ele se devem, ora conseguidas por aquisição, ora por doação, assim como por depósitos de espécies vindas de museus centrais e organismos da região, para além da receção do importante legado Sá Vargas, em 1939. Estes acervos, depois de intervencionados, foram expostos em salas preparadas para o efeito, como a Sala Sá Vargas e a Galeria de arte moderna, entre outras. Ainda na década de 1950 deu entrada o legado de Guerra Junqueiro, constituído por algum mobiliário e pintura da região adquirida para o efeito e, na de 1960, logo no seu início, foi acolhido o legado Trindade Coelho, entretanto cedido para Mogadouro. A principal coleção de numismática, constituída por duas mil moedas nacionais, foi legada em 1973 pelo coronel Ramires e, cerca de vinte anos depois, incorporou-se, com algum mobiliário e boa pintura, o legado Eduardo Costa. Como um museu é um organismo vivo, sistematicamente se incorporam novas espécies, sobretudo da região, em que a arqueologia, a etnografia e a arte têm uma presença mais evidenciada.