Escrita Criativa em Ciência: o quê, como e para quê?
Rómulo – Centro Ciência Viva | Universidade de Coimbra
Pólo I – Departamento de Física da UC
07 DEZ 2019 | 09:00-17:00
Resumo
A comunicação de ciência é uma disciplina que, como o próprio nome indica, implica duas coisas. Comunicar e Ciência. Das diferentes maneiras de comunicar assuntos de ciência a escrita criativa tem tido, há muitas décadas, uma enorme visibilidade, a diversos níveis, nomeadamente em livros, filmes, e séries com temáticas (mais ou menos) de base científica. Do ponto de vista literário define-se mesmo uma corrente/género específico: “LabLit “, Literatura inspirada em Ciência Laboratorial. No entanto, e fora este último exemplo, muitas vezes o resultado destas iniciativas, que funcionam como poderosas ferramentas de comunicar ciência, não envolve cientistas, e pode reproduzir estereótipos irrealistas, quando não mesmo erros. Só há uma solução: o envolvimento de mais pessoas com valências duplas a este nível, que consigam criar narrativas simultaneamente apaixonantes e credíveis. Mas onde acaba a Ciência e começa Hollywood? Que estratégias de escrita criativa se podem utilizar para transmitir uma mensagem científica? E como o fazer sem desvirtuar a ciência em si? Estes serão alguns dos temas abordados no workshop.
João Ramalho-Santos é Professor do Departamento de Ciências da Vida e Investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, tendo sido investigador visitante na Oregon Health and Science University, University of Pittsburgh e University of California-San Francisco (EUA), bem com na Universidade de Birmingham (RU). Tem tido atividade na área de comunicação de ciência a varios níveis, incluindo projetos dirigidos a diversos públicos e com recurso a diferentes tipos de materiais e linguagens (Banda desenhada, textos, palestras, animações, contos). Tem contos de ficção-científica publicados na revista “Nature” e no “So Fi Zine”, e contos centralizados no dia-a-dia laboratorial no site LabLit.com. O seu romance “Portland-Portugal” (Afrontamento, 2009) foi também inspirado na sua experiência pós-doutoral nos EUA.
Instrumentos de Avaliação de Actividades de Comunicação de Ciência
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa – sala 2
23 FEV 2019 | 09:00-13:00
Resumo
Este workshop tem por objetivo apresentar e discutir os principais instrumentos de avaliação de atividades de comunicação de ciência. A avaliação da comunicação de ciência é crucial para aferir o sucesso das ações, identificar e corrigir problemas e lacunas, e assim incrementar a eficácia de atividades subsequentes. Por outro lado, é crescentemente requerida por financiadores. No workshop serão objeto de debate os diferentes objetivos da avaliação, as vantagens e desvantagens de metodologias quantitativas e qualitativas, as características dos principais instrumentos, o processo de preparação da avaliação, os recursos necessários, os constrangimentos a prever e a análise de resultados. Haverá um exercício prático, a ser executado pelos formandos após o workshop, que receberá depois feedback da formadora.
Ana Delicado é doutorada em sociologia e investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Trabalha sobretudo na área dos estudos sociais da ciência, com destaque para as questões da cultura científica, museus e exposições de ciência, envolvimento do público na ciência. É docente no Mestrado em Cultura Científica e Divulgação das Ciências da ULisboa. Está atualmente a coordenar a equipa portuguesa do projeto CONCISE Communication role on perception and beliefs of EU Citizens about Science (financiado pela Comissão Europeia através do programa H2020 SwafS).
Vídeo Low Cost de Ciência: da produção à comunicação
Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
Colégio de São Bento | Sala 1.4
09 MAR 2019 | 09:00-17:00
Resumo
Este workshop tem como objetivo principal a produção de um vídeo científico de baixo custo. Nos últimos anos os conteúdos audiovisuais têm-se destacado como ferramentas cada vez mais importantes no processo de comunicar ciência, permitindo transformar os procedimentos científicos, expandir a capacidade de descoberta e oferecer novas oportunidades no campo da educação. Investigadores, comunicadores e outros atores conseguem com poucos meios comunicar a sua mensagem de um modo mais flexível, dinâmico e abrangente. Existe já um leque alargado de recursos audiovisuais disponíveis que tem sofrido um enorme crescimento e adesão por parte da comunidade científica. O presente workshop pretende assim dar a conhecer todas as possibilidades e potencialidades desta área, estando dividido em dois momentos: (i) uma parte teórica onde serão apresentados os principais recursos vídeo usados atualmente para comunicar ciência – vantagens e desvantagens, tipologias e regras de utilização – e explicadas as principais fases de conceção de um filme – pré-produção, produção, pós-produção e divulgação; (ii) e uma parte prática onde serão dinamizados dois exercícios em que os participantes serão desafiados a produzir o seu próprio vídeo de ciência.
Importante: se possível, os participantes deverão trazer câmara de vídeo ou smartphone e computador portátil.
Miguel Ferreira é licenciado em Biologia (2005), Mestre em Qualidade e Gestão do Ambiente (2011) e pós-graduado em Ciências da Comunicação (2015). Tirou o Curso de Pós-Produção Audiovisual na Restart – Instituto de Criatividade Artes e Novas Tecnologias e trabalhou durante seis anos como Monitor/Coordenador no Centro Ciência Viva do Lousal. Atualmente é Comunicador de Ciência e Investigador no Gabinete de Comunicação do Centre for Functional Ecology da Universidade de Coimbra. Está a frequentar o segundo ano do programa doutoral em “História das Ciências e Educação Científica” com um projeto de investigação na área dos “video abstracts”.